ao som de um violão e uma flauta doce.
Sentados sobre o gramado,
abaixo dos pés, um penhasco.
Eu sentia o calor das suas mãos.
Você sorria, contando da nossa vida,
me lembrando do que passamos
enquanto ríamos.
Me lembrou dos nossos planos,
das nossas escolhas difíceis,
do SIM sobre o altar,
e do NÃO perante a briga.
Me mostrou o quão bom foi
viver ao meu lado.
Mesmo que uma hora
eu tenha vacilado.
Agora me mostra o que
tivemos sentido um pelo outro,
o que construímos junto:
nosso sonho em Outubro.
Ao menos você soube
me prometer o que amor
nenhum prometeu:
saber viver os dias
esperando aquele
abraço teu.
O som da nossa música
me faz lembrar aquele sonho,
aquela promessa,
num dia de Primavera.
Nossos dias chegavam,
e logo iam sem delongas.
Nosso amor era sincero,
protegido num cubo de gelo singelo.
O flautista conduzia o passo
da dança sobre o gramado.
Enquanto apaixonados estão,
amando-se no Verão.
E sentíamos o proibido,
quando o vento da
noite chegava e anunciava
a própria chegada.
O casal ainda dançava
independente do luar incerto,
beijavam-se apaixonados,
no início do Inverno.
E enquanto se olhavam,
enquanto dançavam
e riam, as estações passavam
e os dois envelheciam."
Você sabe que...
que é pra você
Cartas Diretas,
que é pra você
Cartas Diretas,
obrigado.
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