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sábado, 16 de março de 2013

Sexagésima Segunda Carta: Seu Impulso e sua Vontade

"O impulso e a vontade caminham aqui lado a lado, no seu sentido mais puro e belo, sem maldade e más intenções, sem vantagens e desvantagens. Simplesmente mostrar por querer mostrar, mesmo sabendo que ninguém vai olhar, mesmo sabendo que você não vai mudar, mesmo sabendo que NADA vai mudar. Queria eu me convencer estar errado. Apenas não acredito em dias melhores, e você sabe disso melhor do que ninguém, pois daqui para mim mesmo, não vejo esperança e não me atribuo a sorte de sorrir novamente, ou de um jeito novo, de todo modo sincero. Salva o meu dia - como hoje -, salva o meu sorriso quando há você do melhor jeito que podemos ter, quando estamos do melhor jeito, mas basta que eu pense algo ou até olho para o lugar errado, e tudo desmorona. Resgatar o sorriso que você me dá então é função minha? Tomo para mim antes que diga, e assim tento consertar o que eu mesmo faço a lástima de quebrar. 'Eu te amo'. Não é em vão, não é mentira, não é segredo. Todo mundo já sabe, todo mundo entende. Você sabe, você não entende. Ou não sei mais se realmente é isso. Sei que não é compulsivamente que digo isto, mas precisa entender que quando me vier a vontade de dizer, independentemente do momento, o direi. Pode estar chovendo, e eu direi que te amo. Pode estar caindo o mundo sobre nossos ombros, e eu direi que te amo. Não há motivo e momento, há necessidade e vontade, e acontecerá de dizer se eu precisar dizer. Não espere que eu explique, apenas... aceite. Eu só espero que não ouça em vão. Quantas vezes ouve isto por dia, à cada hora, à cada momento? Pode imaginar quem pensa em ti a todo tempo e contar em mais de dois dedos? Só tenho interesse em ser tão imperceptível, tão invisível, e saber como age quando lhe pergunta sobre nós, sempre precisar que você diga se eu perguntar. Quero saber como simplesmente respira longe de mim, se as coisas mudam ou não, se eu realmente sou importante, se realmente mudo o seu dia. Só fico aqui pensando como reage quando simplesmente lê um 'eu te amo' inesperado - se apenas guarda a carta no bolso ou se pensa algo mais. Eu digo com um propósito, e quero saber se ouves com o mesmo, ou se para ti são só palavras. E seja como fazes, seria por impulso ou vontade? Há necessidade de ser como é ou simplesmente acontece de ser? Só queria saber até começa minha presença e até onde termina minha falta. Sabe bem que sou desacredito de tudo que me cerca, então só espero um motivo bom para relaxar minha cabeça, não me preocupar se estou fazendo o certo ou o errado, pois ainda me resta essa dúvida, porque nada diz saber se é impulso ou vontade se não temos um retorno se o que fazemos é certo ou errado."

Cartas Diretas,
obrigado.

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